Jornada: Introdução #3
Título: Introdução
Personagens: Ana
Introdução:
No terceiro episódio do podcast Jornada Ilimitada, Ana Cárttori compartilha uma emocionante e inspiradora trajetória de vida. Desde sua infância em Brasília até se tornar uma empresária de sucesso nos Estados Unidos, Ana nos leva por um caminho repleto de desafios e superações.
Com uma história marcada por dificuldades financeiras e desafios pessoais, Ana destaca a importância da persistência, da fé e da busca por aprendizado contínuo. Suas experiências são vastas e diversificadas: desde os dias como modelo internacional, passando pela paixão de ser chef de cozinha, até a emocionante criação de sua empresa, Jazz's Wonderland, na Flórida.
Em cada etapa de sua jornada, Ana enfatiza a relevância de seguir a intuição e de não se limitar pelos obstáculos, sempre buscando realizar seus sonhos. Seu relato é um verdadeiro convite à reflexão sobre a importância de acreditar em si mesmo e de não desistir, mesmo diante das adversidades.
Não perca este episódio inspirador! Ouça agora no Spotify, no canal do YouTube, ou no site Ana Carttori Podcast. Vamos juntos explorar e aprender com a incrível jornada de Ana Carttori!
Transcrição:
Olá pessoas, eu sou Ana Carttori e sejam muito bem-vindos ao Jornada Ilimitada. Nesse episódio, eu vou contar para vocês uma história muito interessante, ou pelo menos eu acho que vocês vão achar interessante, que é sobre a história de como eu, que sempre fui uma menina de classe média, uma garota bem mediana na escola, quase reprovei milhares de vezes no ensino médio por causa do inglês, consegui sair de Brasília e hoje moro nos Estados Unidos, onde tenho uma empresa avaliada em quase um milhão de dólares.
A personagem da história de hoje sou eu mesma, porque eu estava pensando que muitas pessoas podem ouvir o podcast, ou pessoas que me conhecem hoje, ou pessoas que me conhecem no passado, mas não sabem a minha história toda. Vocês devem se perguntar por que estou fazendo isso agora, por que vou contar histórias, o que eu devo ter para contar. Então, eu acho que nada mais justo do que começar esse projeto contando a minha própria história para que vocês possam me conhecer.
Uma coisa que preciso mencionar é que eu sempre achei um jeito de ganhar dinheiro na vida. Acho que porque a gente não tinha muito em casa, meu pai dava uma mesada para a gente, mas eu nunca só recebia esse dinheiro e deixava estar. Eu sempre dei um jeito de ganhar um pouco a mais com isso. Eu comprava balinhas na loja e vendia na escola, fazia brigadeiros, bombons, fazia ovos de Páscoa para vender, comprava revistas para revender. Quando eu era mais velha, vendia lingerie, produtos de sex shop, Avon, Mary Kay, tudo que vocês imaginarem na vida, eu já vendi.
É algo da minha personalidade. Quando falo com as minhas melhores amigas hoje, elas sempre dizem: "Você sempre foi assim, desde pequenininha, você nunca estava parada, sempre achando alguma ideia nova que você podia fazer e criar." Então, muito do que sou hoje é uma característica minha que sempre tive. Também fui rodeada de bons exemplos. Apesar da minha mãe ser funcionária pública, o resto da família, meus tios, sempre foram empresários, tinham fazendas, lojas, empresas. Indiretamente, sempre tive vários exemplos de pessoas próximas a mim que tinham suas próprias empresas e sempre se viraram.
Entendo a preocupação do meu pai, ele queria que eu tivesse uma vida mais estável porque era menos incerto. Quando você tem uma empresa, há altos e baixos. Um mês vai bem, outro nem tanto. Mas eu nunca me vi trilhando essa vida garantida, sempre gostei do desafio, de não ter certeza do amanhã. Isso sempre me atraiu, essas aventuras.
Desde o ensino médio, fui uma menina magrinha e relativamente alta. Cadastrei-me em uma agência de modelos. Tinha algumas colegas que eram modelos e eu achava o máximo. Em Brasília, tinha desfiles no shopping, e eu pensava: "Que legal, será que um dia eu consigo?" Tirei fotos e me cadastrei na agência em Brasília. Um ano depois, no final do ensino médio, em 2006 (estou velha!), recebi uma proposta para me mudar para São Paulo como modelo. Na época, meu pai não queria que eu fosse de jeito nenhum, mas minha mãe falou: "Ela vai realizar o sonho dela." Então eu fui.
Essa fase da minha vida foi cheia de desafios, mas muito legal. Participei do São Paulo Fashion Week, fiz várias fotos e amigas, que até hoje moram no meu coração. Todos que conheci ao longo da minha jornada como modelo têm um lugar especial no meu coração. Passamos por tantos desafios juntos que nos aproximamos muito.
Deixa eu esclarecer algo: modelo não é burra. Todo mundo tem essa ideia, mas é puro preconceito. Muitas modelos começaram a trabalhar com 13 anos de idade, e só fizeram isso a vida inteira. Não é burrice, elas não tiveram a chance de estudar como você. Uma das minhas amigas modelos é cardiologista, outras têm empresas e são bem-sucedidas, incluindo eu. Então, burrice aqui, zero. Modelos aproveitam oportunidades.
Em um momento da minha vida, decidi mudar. Não conseguia me ver passando na Universidade Federal, então fui para uma faculdade particular estudar gastronomia. Não porque amava cozinhar, porque eu não sabia fritar nem um ovo. Passei fome enquanto morei fora porque não sabia cozinhar. Depois, comecei a gostar de cozinhar. Entrei na faculdade, apanhei muito, mas me formei e consegui emprego como chef de cozinha.
Para ser chef de cozinha, você precisa ser contratado como tal. Quando você sai da faculdade de gastronomia, você é cozinheiro. Depois de formada, trabalhei como chef de cozinha, mas senti que aquilo não era meu destino final. Sempre fui muito ligada a Deus e ao Universo, e sempre senti que tinha algo maior para mim.
Durante uma das minhas viagens, decidi aprender nutrição. Fiz uma pós-graduação em nutrição funcional enquanto viajava pelo mundo. Quando cheguei em Nova York, senti que ali era meu lugar. Em Nova York, você não se sente estrangeiro, todo mundo é de algum lugar do mundo. Decidi que ali seria minha casa. Depois de muito esforço, consegui meu visto de trabalho, me associei a uma agência e trabalhei com várias outras coisas. Fui babá, trabalhei em pizzaria, caminhando cachorro, criei uma coleção de moda praia, abri minha empresa, comecei uma linha de maquiagem vegana. Sempre tive uma conexão forte com animais.
Minha empresa, Jazz's Wonderland, é uma homenagem à minha cachorrinha Jazz, que mudou minha vida. Quero que essa marca se torne conhecida mundialmente. Além de todos os cursos que fiz, também me tornei consultora do sono de bebês e tosadora profissional. Sempre achei que o melhor investimento fosse em mim mesma, com estudo.
Eu sempre gostei de aprender no máximo nível de estudo daquela área. Se tenho vontade de fazer algo, faço no nível mais avançado possível. Gosto de aprender primeiro para depois expandir e transformar em uma empresa. Hoje, oferecemos banho e tosa no Jazz, mas antes de contratar alguém, fiz o curso para entender o processo.
Por isso, sempre digo: se você tem vontade de fazer algo, faça. A vida passa rápido e não vale a pena gastar tempo fazendo algo que não gosta. Já trabalhei em muitos empregos diferentes, mas sempre soube quando estava no caminho certo, quando meu coração estava em paz.
Para finalizar, o segredo da vida é ganhar dinheiro de forma passiva. Minha empresa funciona sem que eu esteja presente todos os dias. Posso estar em qualquer lugar do mundo e ela continua funcionando. Gosto de estar presente, mas posso acompanhar a distância. Hoje, consigo ter um podcast e ganhar dinheiro ao mesmo tempo. Trabalho com maquiagem, que vendo online. Acordo todo dia às cinco e meia da manhã, malho às seis, estou grávida de sete meses, malho cinco dias na semana, faço CrossFit, levo minha filha na escola, trabalho no Jazz, cuido da minha maquiagem. Não aceito "não" como resposta, para mim, tudo é possível.
Depois de tanto perrengue, acredito que nada é impossível. Esse episódio ficou longo, espero que vocês tenham gostado. Nos próximos, teremos histórias mais interativas e legais. Queria dar uma base para o podcast, para que vocês me conheçam. Sintam-se livres para comentar e fazer perguntas. Agradeço muito a paciência de vocês. Um beijo e até a próxima. Tchau.