Peripécias: Aeroporto #2

Título: Aeroporto

Personagens: Ana, Stefan e filhas

Introdução:

No episódio de hoje do podcast Jornada Ilimitada, Ana Carttori compartilha uma história hilariante e inesperada sobre uma recente experiência no aeroporto. Ao lado de seu marido, Ana revela como suas personalidades opostas quando se trata de viajar acabaram gerando uma série de contratempos. Desde a confusão com os passaportes até os momentos de estresse e risos, a aventura deles nos mostra que mesmo os perrengues mais estressantes podem se transformar em memórias inesquecíveis e cheias de humor. Venha rir e se emocionar com essa jornada de altos e baixos no episódio "Peripécias: Aeroporto". Não perca!

Transcrição:

Olá, pessoal! Sejam muito bem-vindos de volta. Eu sou a Ana Carttori, e este é o outro Jornada Limitada. Hoje, temos um novo quadro para começar, que eu acho que vamos chamar de Peripécias. Histórias engraçadas que acontecem na vida. A história de hoje é uma história minha, que aconteceu recentemente. Quero muito que vocês me deem suas opiniões no final deste episódio. Esta história envolve aeroporto. Se você viaja muito, me conta: você viaja com um parceiro, amigo, ou alguém assim? Que tipo de situações engraçadas ou perrengues você já passou no aeroporto? Eu tenho muitos perrengues de aeroporto, mas este aconteceu recentemente, e eu preciso compartilhar para saber se fui muito sacana ou não.

Em minha defesa, eu realmente não sabia de um ponto desta história. Vou contar quando chegar lá. Eu não sabia que havia essa limitação, essa proibição quando fiz o que fiz no aeroporto. Agora eu sei, então nunca mais farei isso. Mas preciso contar esta história que meu marido disse: "Meu Deus do céu, você é muito louca, está desvairada." Seus hormônios, sua cota... E também fiz um cenáriozinho aqui. Agora tem uma plaquinha que diz "Estamos no ar" e uma luz a mais. Então é isso, estamos investindo aqui no podcast, no vídeo.

Fui para o Brasil com meu marido. E dessa vez, foi a primeira vez que viajamos só eu, ele e as duas crianças. Para começar, tenho que explicar nossas personalidades. Eu sou a pessoa que reserva a passagem, o hotel, planeja tudo, avisa ele, coloca na agenda, faz as malas. Eu só não faço as malas dele, mas faço as minhas e as das crianças e tal. Então, estou sempre planejando tudo. Ele é aquela pessoa que só vai. Ele pergunta: "Que dia eu tenho que estar lá? Que horas tenho que estar lá? Vamos."

Esse ser, também conhecido como meu marido, tem uma personalidade que me mata de raiva. Quero saber de você, ouvinte, ou pessoa que está assistindo a este vídeo agora: que tipo de pessoa você é entre eu e ele? Quando estou no aeroporto e estou atrasada, eu corro como se não houvesse amanhã. Se alguém me chamar no alto-falante, eu corro como se não houvesse amanhã. Para mim, perder um voo é inconcebível. Lógico, às vezes você perde voo, tem outras coisas que acontecem, mas se estiver ao meu alcance, eu não vou perder esse voo. Eu farei tudo o que for necessário.

Isso já aconteceu muitas vezes na minha vida: eu tive que correr para pegar o último portão, na última área do aeroporto, quase morri, fui a última pessoa a entrar e fecharam a porta atrás de mim. Já passei por muitos traumas e situações em que quase perdi um voo. Então, eu não perco voo. Sob meu controle, claro, eu não perco voo. Senhor meu marido, é o oposto. Quando ele está no aeroporto, é uma pessoa que anda devagar, está na paz de Deus. Nos Estados Unidos, temos o TSA, que é a segurança do aeroporto. Quem já veio para cá sabe como é. Você tem que tirar tudo, ficar praticamente pelado, passar pelo detector de metais com as mãos para cima, e tudo mais. E ele vai na paz de Deus.

Tem que tirar as coisas da mala? Ele tira um item, tira o outro, tira um sapato, tira não sei o quê, porque ele diz: "Não vou me estressar com isso." Eles querem criar mil regras, problema deles. Estou de boa. Chamou pelo microfone? Eles que me esperem. Vou andar na paz de Deus, estou de boa. Ah, chegamos ao portão, falta cinco minutos para embarcar? Vou lá comprar uma cerveja, quero relaxar, estou de viagem. Então, ele não tem essa urgência que eu tenho para não se atrasar com as coisas. Eu sempre digo, viajar, eu penso: já sei que vai ser estressante, não vou me estressar, já sei que vai ser difícil. Eu quase me divorcio toda viagem. Depois que chegamos ao local, fica tudo bem, mas quando estamos voltando para casa, no caminho, eu fico: "Oh, Deus, que vontade de desaparecer."

Enfim, essas são as nossas personalidades, só para dar um contexto à história. Estávamos indo para o Brasil, e uma coisa muito legal que o Brasil tem, que aqui nos Estados Unidos não tem, é a fila de prioridade. Não sei se todo mundo sabe, mas estou grávida de seis meses. Sempre gostei muito de viajar para o Brasil nessa situação, grávida ou com bebê de colo, porque você tem fila de prioridade, o que é muito legal. Você é atendido primeiro, essas coisas todas. Aqui nos Estados Unidos não tem isso, então não existe fila de prioridade. Estávamos voando pela Gol, que tem fila de prioridade. Beleza, vamos cortar toda a fila porque somos prioridade.

Mas, por algum motivo, quando chegamos ao aeroporto, várias horas antes do voo, o sistema da Gol não estava funcionando direito, e conseguimos sair do check-in quase na hora de entrar no voo. Chegamos umas três, quatro horas antes do voo, mas ficamos umas duas horas e pouco na fila para fazer o check-in, porque não estava andando. Não sei por quê. Ou seja, já saí do check-in tipo: "Vamos correr." Temos o TSA Pre-Check, que quando você é cidadão americano ou tem green card, pode ter. Você paga uma taxa anual e não precisa tirar sapato, nem computador, só entra na fila e passa, como no raio X do Brasil. Mas aqui você tem que pagar por isso. Se não pagar, pega uma fila gigante e tem que ficar praticamente pelado para passar pela segurança. Viajando com duas crianças, carinho, mala, computador, iPad, 500 mil coisas, vale a pena ter esse serviço. Pelo menos para nós vale, porque conseguimos passar mais rápido pela segurança. Já estávamos relativamente atrasados para o voo. Chegamos à fila do TSA Pre-Check, que nunca tem ninguém, é muito curta. A fila normal tinha umas 300 pessoas, uma fila gigante. Quando chegamos ao TSA Pre-Check, começou a dor de cabeça.

A Gol não é associada com o TSA Pre-Check. Então, mesmo que eu coloque o número na hora da compra do voo, não aparece no cartão de embarque. Na hora de passar, a mulher disse: "Vocês não têm o TSA Pre-Check." Eu falei: "Não, moça, temos. Está aqui o número." Mostrei o cadastro e tal. "Mas não está no cartão de embarque, vocês não podem entrar." O Stefan fica puto com essas coisas: "Minha filha, eu paguei, eu vou entrar." E eu: "Stefan, deixa, vamos entrar na fila. O que importa é passar." Ele: "Chama seu manager, chama seu gerente. Eu paguei por um serviço, está no cartão, está no e-mail, está em todos os lugares. Só não está impresso no cartão de embarque, mas eu quero usar."

Espera mais tempo, chama gerente, chama não sei quem. "Não está no cartão de embarque, vocês não podem passar." A Olivia, nesse meio tempo, minha filhinha de um ano e meio, querida, amorzinha da minha vida, explodiu na fralda. Ela estava só a merda, vazando pela perna, pela roupa. Eu segurando essa criança, já relativamente atrasada para o voo, olhando para uma fila de 300 pessoas, e aqui que eu podia passar por um serviço que eu paguei, não posso entrar, porque eles não querem deixar que eu entre. E eu já assim: "Meu Deus do céu, não sei o que faço, vamos perder o voo." Já comecei a ficar agoniada. E o Stefan, na paz de Deus: "Chama outro manager. Eu não vou entrar nessa fila."

Eu falei: "Stefan, pelo amor de Deus, vamos embora." E aí o cara falou: "Vocês não podem entrar aqui. Problema de vocês, entrem na fila." Eu falei: "Moço, estou aqui desde quatro da tarde, são oito da noite, cheguei cedo. Só que a empresa atrasou com o check-in." Então, a culpa não foi minha, eu vim com muitas horas de antecedência para este voo, porque moro a uma hora e meia do aeroporto, saí ao meio-dia de casa, então saí cedo para chegar cedo, e ainda assim, tudo atrasou. Eis que, graças a Deus, havia um casal de anjos, logo ali, perto da fila normal, as primeiras pessoas que já estavam para passar pela segurança. Uma dessas pessoas que estava próxima a passar falou: "Ei, pode entrar na minha frente, não tem problema." Eu falei: "Deus lhe pague, muito obrigada, porque realmente está uma situação muito complicada." A menina chorando, toda cagada e tal. Eu já super ansiosa, grávida, e com uma criança de três anos ali do lado. E o Stefan ainda na paz de Deus, porque ele não se altera, mas fala: "Eu sei do meu direito, bem americano. Sei do meu direito, não vou sair daqui sem meu direito." Eu falei: "Stefan, deixa, o pessoal vai deixar a gente passar aqui e tal." Passei. E não me sinto mal também. Eu falei: "Estou grávida, esse país não tem fila de prioridade, muito obrigada por me dar o direito de cortar essa fila."

Com uma criança na barriga, uma criança de um ano e meio nos braços, e uma de três anos ali do lado, qualquer um que olha fala: "Vá, minha filha, vá na paz de Deus." Passei, cheguei na área do raio-x, tenho que tirar a blusa dela, mas estava muito atrasada para o voo. Peguei ela, com fralda e tudo, com cagada e tudo, tirei só o casaco dela, tirei minhas botas, o que demora, porque são até o joelho, passei pelo detector e fui ao banheiro. Chegando ao banheiro, troquei a fralda, limpei ela e tal. Beleza. Mas o Stefan ainda estava vindo. E eu assim: "Stefan, temos que correr, temos que correr. Eu estou correndo, porque senão a gente vai perder o voo."

E ele, na paz de Deus, comprou uma cerveja. Eu falei: "Como você está comprando cerveja? Não estou acreditando nisso. Se eu perder o voo, juro por Deus, vou me matar, porque não acredito que fiz todo esse trabalho para pegar esse voo e vou perder por causa de uma cerveja." Passamos na fila, peguei ele, pegamos um carrinho e fomos correndo para o portão de embarque. Chegamos lá, o voo foi adiado. Eu falei: "Ai, Deus, graças a Deus, deu tempo."

Mas, ao chegar no portão de embarque, outro perrengue: meu filho estava doente e acabou vomitando no meu colo. Eu falei: "Meu Deus, não estou acreditando, o que mais falta acontecer?" Peguei o lencinho, limpei e tal, mas sabe quando você já está esgotada? Já estava sem energia, sem forças. E ele, na paz de Deus, com a cerveja dele na mão, bebendo e falando: "Relaxa, estamos aqui, vai dar tudo certo."

Quando finalmente embarcamos, já era uma da manhã. E aí ele: "Viu, deu tudo certo, relaxa." Eu falei: "Você fala isso porque não foi você quem ficou carregando a criança, trocando fralda, correndo de um lado para o outro, me estressando." E ele: "Ah, mas deu certo, estamos aqui, relaxa." Então, essa é minha vida viajando.

E agora eu quero saber de vocês: que tipo de pessoa vocês são? Mais como eu, que planeja tudo e se estressa com o horário, ou mais como o Steph, que vai na paz de Deus e não se altera com nada? E quais perrengues de aeroporto vocês já passaram? Me contem nos comentários ou nas redes sociais do podcast. Espero que tenham gostado do episódio de hoje. Até a próxima!

Ana Carttori

Former international model, now a dedicated mom of 2 girls and business owner. Passion for animals and makeup. Bringing beauty to life with artistry and compassion.

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